Olá gente, desculpa pela demora em fazer minhas novas
resenhas, mas a mudança de emprego que eu tive último mês mexeu muito com a
minha rotina e acabou atrapalhando um pouco a minha escrita em todos os
sentidos.
Enfim, agora que voltei, e tentarei não ficar mais tanto
tempo ausente, quero falar para vocês sobre uma coisa boa. Hoje trago para
vocês a minha resenha sobre Refém da Obsessão, a continuação de Ladrão de
Almas, um romance sobre o qual eu já falei anteriormente. Clique aqui para ler a resenha.
Havia uma parte em Lanny que
queria ser punida. Um pedaço de seu coração que acreditava que ela merecia o
horror de ser imortal, a tristeza de ver todos aqueles que amara partirem,
enquanto ela só podia conviver com as perdas e as lembranças. Terríveis e solitárias
lembranças. Este dom, oferecido pelo mais malvado dos homens, Adair, era, para
ela, a resposta a uma pena que ela deveria cumprir.
Mas, apesar das culpas e do
castigo que pensava merecer, ela ainda sonhava. E esperava ser redimida por ter
dado a Jonathan seu grande amor o esquecimento que purifica todo ser de sua
dor: a morte. No entanto, bem no fundo de
sua alma, ela suspeitava que, fosse o que fosse que a atraísse para Adair (e
para sua maldade), fosse qual fosse o infeliz sentimento que os aproximara,
este sentimento não fora totalmente exorcizado. Não importava que ela
tivesse chegado ao cúmulo de emparedar aquele homem mau e deixá-lo para
apodrecer, não importava que o tempo tivesse passado, nem que, hoje, ela
pudesse contar com o apoio e os braços fortes e acolhedores de Luke... Adair
estava por perto, ela podia senti-lo, e seu poder era inexorável. Havia
uma parte em Lanny que queria ser punida. Um pedaço de seu coração que
acreditava que ela merecia o horror de ser imortal, a tristeza de ver todos
aqueles que amara partirem, enquanto ela só podia conviver com as perdas e as
lembranças. Terríveis e solitárias lembranças. Este dom , oferecido pelo mais
malvado dos homens, Adair, era, para ela, a resposta a uma pena que ela deveria
cumprir.
Mas, apesar das culpas e do
castigo que pensava merecer, ela ainda sonhava. E esperava ser redimida por ter
dado a Jonathan seu grande amor o esquecimento que purifica todo ser de sua
dor: a morte. No entanto, bem no fundo de
sua alma, ela suspeitava que, fosse o que fosse que a atraísse para Adair (e
para sua maldade), fosse qual fosse o infeliz sentimento que os aproximara,
este sentimento não fora totalmente exorcizado. Não importava que ela
tivesse chegado ao cúmulo de emparedar aquele homem mau e deixá-lo para
apodrecer, não importava que o tempo tivesse passado, nem que, hoje, ela
pudesse contar com o apoio e os braços fortes e acolhedores de Luke... Adair
estava por perto, ela podia senti-lo, e seu poder era inexorável.
Como eu já havia dito minha relação com a obra de Alma Katsu, que no Brasil é editada pela Novo Conceito, é engraçada, começou com uma obra sobre a qual eu não tinha muitas expectativas e acabou me conquistando de um jeito surpreendente a ponto de se tornar um dos meus livros favoritos, principalmente por causa da narrativa dinâmica e ágil e dos personagens profundos.
Aviso : se você ainda não leu "Ladrão de Almas"e não quer spoiler é melhor parar essa resenha por aqui, pois como se trata de uma continuação eu provavelmente precisarei voltar em alguns pontos.
Aos lindos que ficaram, vamos aos detalhes sobre a trama. O segundo livro, que é um pouquinho menor do que o primeiro em nº de páginas (352), começa mostrando a vida quase perfeita que Lanore leva com Luke, sim, o médico que ajudou ela a escapar no primeiro livro. Os amantes apaixonados estão em um museu quando a imortal sente repentinamente a força presença de seu antigo mestre, Adair, em sua mente.
Quem já leu o primeiro livro da trilogia sabe que Lanore
colocou Adair atrás de uma parede e o aprisionou por duzentos anos, até que a
casa em questão foi demolida e a parede foi destruída. Lanore sabe que agora
que Adair está livre ele virá a sua procura e começa a temer como nunca.
Decidida a se proteger, Lanore então deixa seu Luke, para
que este volte a sua família e fique em segurança, e parte em uma jornada em
busca da ajuda de algumas outras pessoas que também estiveram sobre o domínio
do alquimista maluco. Essa jornada, que dura boa parte do livro, mostra
detalhes interessantes sobre a história de Lanny durante os anos em que esteve
completamente sozinha. Conhecemos então algumas amizades peculiares que ela fez
e alguns amantes interessantes que ela teve nos últimos duzentos anos (retomarei
isso depois).
Do outro lado da história, também atuando como narrador, a
um oceano de distância de Lanore, está Adair. O alquimista foi de sem dúvidas
meu personagem favorito do primeiro livro, por suas dualidades e seu jeito
malicioso, por isso adorei quando percebi que esse livro daria um enfoque
particular maior a ele.
A história dele começa no momento em que ele é libertado e
como esperado sai sedento de sua prisão em busca de vingança contra a mulher
que o traiu. Já no começou podemos ver uma grande mudança nele, aparentemente
dois séculos de isolamento no escuro mudam uma pessoa, e que apesar de ele querer
vingança não há desejo em machucar Lanore.
Em sua jornada Adair conta com Jude, um de seus servos mais duvidosos, que lhe dá abrigo e começa a instruí-lo na vida moderna, que acaba não sendo fácil para ele.
Eu poderia ficar por horas aqui falando sobre o livro
maravilhoso que é Refém da Obsessão, mas vou tentar abreviar as coisas para não
dar spoilers relevantes sobre o enredo.
Ao longo do segundo livro vimos um grande desenvolvimento
não só de Adair, mas Lanore também, já que ela deixou de ser a menina mimada e egoísta
do primeiro livro. Adorei conhecer mais detalhes sobre o verdadeiro passado de
Adair (que eu imagino ter uma importância ainda maior no terceiro livro) e
sobre a história de Lanore, que no meio do livro percebeu que o grande amor de
sua vida era Adair e não Jonathan. Sim, isso mesmo, ela tem uma “iluminação” no meio do livro e
percebe que todos os amores que teve depois que fugiu de Boston foram uma
tentativa de conseguir reproduzir o que ela tinha com Adair.
Sobre o final, alguns spoilers que eu preciso comentar,eu me
surpreendi com o final “Bela e a Fera” do livro quando Adair liberta Lanore e
diz que não vai mais forçá-la a ficar com ele e que quer que um dia ela o ame de
verdade, se é que isso seria possível (como já disse essa cena me lembrou o
Klaus e a Caroline em TVD, quando ele diz que Tyler foi o primeiro amor dela,
mas ele quer ser o último). O que não me surpreendeu era que Tilde estivesse
matando seus maridos, ela sempre foi má mesmo.
Conclusões, como sempre, Alma Katsu arrasou tudo e deu um
show com sua escrita elegante e fluida, falando de temas que são complicados
para a nossa sociedade como violência sexual e o limite entre paixão e obsessão
de uma maneira que só ela faria. Preciso urgentemente da continuação.
Por hoje é só pessoal. Espero que tenham gostado e prometo postar resenhas com mais frequência. Sintam-se a vontade para deixar suas dicas e opiniões.
XOXO, Daniela Sadzinski